Férias que são férias...
... Fazem-me "abandonar" este menino por uns dias.
Não levei tecnologia comigo, a não ser o telemóvel. E chega bem, que as férias não são para o scroll :p
Este ano, queria uma aventura onde desse para incluir esta paixão gastronómica e um dos melhores países para isso é?... Itália!
Pois é, finalmente, tive a minha oportunidade de visitar este bonito país e não me arrependi nem um bocadinho!
O plano inicial seria:
. Veneza
. Bolonha
. Pisa
. Florença
. Roma
Numa semana e meia. Ambicioso ou nem por isso?
Vamos descobrir!
Ao chegarmos a Veneza, deparámo-nos com uma trovoada tal que, durante as três horas que lá estivemos, fomos atacados por chuva, chuva e mais chuva! Chegámos depois ao hotel com os pés, camisolas e casacos ensopados...
Mas durante o mini passeio por lá, deu para ter uma noção das montras lindas que por lá havia...
Estes merengues têm tão bom aspecto! Olhem-me essas cores! Uau!
Infelizmente, foram as únicas fotos que pude tirar porque a chuva era tanta que não podia simplesmente largar o guarda-chuva que tive de comprar...
Do que pude apreciar, Veneza é uma cidade bonita, com uma arquitectura bem diferente do que se vê em Portugal e, afinal, não cheirava assim tãããão mal como se diz! (mas também não cheirava a rosas...)
Após a molha épica, pegámos no carro alugado e rumámos estrada fora!
Como tínhamos demorado menos tempo que o esperado em Veneza, decidimos tentar ir a Pádua antes de ir para Bolonha. Nossa, como o tempo tinha mudado! Um sol maravilhoso, céu azul, mas um calor.....
Era hora de almoço e a fomeca apertava... Logo teríamos de comer a caminho de Pádua! Muitos ristorantes à beira da estrada, mas muito trânsito não ajudava a sair da estrada, outras vezes o aspecto também não chamava muito a atenção.
Até que vimos de repente uma placazinha discreta para uma espécie de jardim e ficámos curiosos.
Entrámos e deparámo-nos com um restaurante simples, discreto, mas bonito, rodeado de arbustos e plantas de vaso, que giro!
(foto retirada do tripadvisor. Sim, que eu queria era comer!)
Sentámo-nos lá dentro porque era mesmo muito calor na rua... E fomos prontamente atendidos por um rapazinho super simpático, que sempre nos atendeu bem e tentou sempre falar em inglês.
Para quem não sabe, a ordem de refeição dos italianos é um pouco diferente da nossa. Não que comam a sobremesa primeiro, calma!
. Começam pelo que chamam anti-pasti, que pode corresponder mais ou menos às nossas entradas.
. Depois têm o Primi Piato, que traduz-se no primeiro prato, geralmente massa, risotto ou uma sopa.
. E aqui vem o que difere mais de nós: Vem o Secondo Piatto, que geralmente é a carne ou o peixe. Por norma, vem só assim, sem nada a acompanhar, mas para quem quiser, pode pedir o Contorno, que é a guarnição (legumes cozidos, salada, batatas...)
. Por fim, vem o Dolci, que é a nossa sobremesa. No fim, o expresso, tal como cá, o cafézinho para terminar a refeição.
Decidimos não pedir anti-pasti (que os preços não eram convidativos) porque já estava a adivinhar que fome não íamos passar... Como primi piatto, pedimos uma dose de Gnochi alla bolognese para os dois (e acreditem, não foi preciso pedir mais!).
Bem.... A cremosidade, a textura, o sabor! Oh meu deus, senti-me no céu! Os gnocchi eram divinais, e o molho não lhe ficava nada atrás! Super saboroso e a carne muito boa! Fiquei completamente fascinada!
Depois, para secondi piatto, pedimos o que poder-se-ia chamar Barbecue XL, uma mistura de carnes grelhadas.

(Mais uma vez, isto era para uma pessoa, supostamente!)
A carne não tinha nenhum tempero fora do normal, notava-se o sal e a pimenta. Podia estar um pouco mais saborosa, mas a nível de textura e aspecto, pareceu-me muito bem! Aquela fatia branca grelhada não sei o nome (alguém sabe?), mas pareceu-me polenta branca grelhada. Será isto?
Para a sobremesa, perguntámos como era o Sorbetto de Limão e ele explicou-nos que seria uma espécie de sorvete líquido, que por norma se toma no final da refeição para ajudar à digestão.
Não muito doce, não muito azedo, apenas perfeito! Super fresco e delicioso sabor a limão, foi o final de refeição perfeito!
Saímos de lá muuuito satisfeitos e de barriguinha cheia! Recomendo a quem passe por lá, é muito bom!
Ristorante La Pergola
Via Cà Tron 37/A, 30031 Dolo VE, Itália
+39 041 319 9668
Após este maravilhoso e demorado almoço, decidimos que já não haveria tempo para o desvio extra e rumámos a Bolonha.
La Dotta, La Grassa e la Rossa. Eis a cidade dos estudantes! Mas era a parte da Grassa que mais me interessava, pois foi aqui que nasceu o que erradamente se chama e se faz, a Bolonhesa. Que na realidade não se chama assim nem é com esparguete, mas sim com Tagliatelle e o tão famoso molho de carne e tomate tradicionalmente chama-se ragú. Assim, procurei o tradicional Tagliatelle al ragú, porque de esparguete à bolonhesa estava eu cheia.
Após uma pesquisa pela Internet, fomos dar ao Ristorante La Traviatta, que tinha boas opiniões quanto a este prato.
Após um passeio pelo cidade (praça principal com a Basílica de San Petrónio, fonte de Neptuno que estava em obras... o famoso Voltone des Podestá, em que conseguimos mesmo ouvir o que a outra pessoa sussura no outro canto!) e ainda nos deliciámos com um gelato de Kinder Maxi, Risotto al Milanese (Que era arroz com um doce de ovos) e Minori (Nata com Pêra). Os sabores eram muito bons, menos o de Kinder Maxi que, ainda que saboroso, não sabia ao Kinder que eu tanto gosto... A consistência era boa, mas esperem que os melhores ainda não chegaram...
Sentámo-nos e não demorou muito a sermos atendidos mas não se podia dizer que a simpatia reinasse na menina... Ignorando este facto, pedimos o Tagliatelle e, uns minutos depois, lá chegou!
O restaurante do almoço tinha elevado bastante as minhas expectativas, o que veio fazer com que sentisse alguma desilusão aqui. A massa não era má, pareceu-me caseirinha e tudo, mas mesmo sendo para comer al dente, para mim estava al dente demais. A carne era boa, mas não batia nem de perto a dos Gnochi.
Mas quem sabe, se a tradicional não é mesmo assim! Para quem nunca tinha comido, como posso argumentar se está bem feito ou não? Só posso opinar no que toca ao meu gosto :)
Não pedimos mais nada porque também já tínhamos comido a sobremesa primeiro eheh
Fizemos mais um passeiozinho pela cidade e, depois de uma noite extremamente quente, lá acordamos já a suar e decidimos que havia tempo para uns desvios: Modena e Maranello.
Já sabem o que vamos ver... Vinagre Balsâmico e Ferrari! :)
Começámos por ver o museu Enzo Ferrari, onde o A. se deliciou com os carrinhos e os motores... Não é a minha praia, mas até eu gostei! :)
Passámos a manhã nisto, como devem compreender... A maior parte do tempo, estava eu à espera do A. :)
Mas consegui vingar-me ao encontrarmos uma Acetaia, um local onde se fabrica e vende o vinagre tradicional balsâmico de Modena! Tivemos a sorte de conseguir uma visita com um grupinho que estava quase a entrar, e seria em inglês.
Então começaram por explicar que não iria haver ar condicionado (nãããão!) porque o vinagre precisa do calor, da humidade para fermentar e evaporar e ficar aquela maravilha!
Subimos ao primeiro andar e a guia explicou-nos o processo moroso que leva a criar, de 120 litros de uvas, meio litro de vinagre balsâmico!

As uvas cozem durante 2 dias seguidos, a fervilhar sem ferver e, após esses dias, vão para o maior de cinco barris em que vão estar. Passado X tempo (já não sei precisar quanto), tiram 40% do primeiro barril com uma pipeta e passam-no para um barril mais pequeno. Depois tiram 30 e 20% nos próximos barris, respectivamente, que vão ficando também mais pequenos.

Para se criar o vinagre, é necessário que este esteja em contacto com o ar. Por isso, os barris são abertos no topo e, tradicionalmente, seria tapado com uma pedra, para que não entrassem impurezas e houvesse contacto com o ar. No entanto, com a legislação de produção e venda, as pedras não são permitidas e substituíram-se por lenços.

Os vinagres também podem ter várias idades, como o vinho, sendo que o mais antigo que vendem é o de 25 anos, com capa de rolha dourada e denominado vecchio (velho).
Após esta aula fantástica, descemos para algo ainda melhor: prova de vinagres! Estava muito curiosa e ao mesmo tempo desconfiada, porque não fazia ideia dos sabores que ia encontrar.
Mas deixem-me que vos diga... Foi muito bom e surpreendente! Nunca tinha provado vinagres assim! Agridoces, espessos. Cores lindas, sabores ainda melhores!

Provámos um vinagre branco de 5 e oito anos e eram divinais, para quem gosta de docinho! Se provasse sem saber, nunca diria que era vinagre! Fabuloso! Acompanham bem com fruta, carne, queijo até!.
Depois disso, provámos os vinagres de 12 e 25 anos... Aí sim, vem a intensidade. Mas não de azedo, aquilo que se espera num vinagre! Não. Primeiro, um agre muito suave que remata com um doce um pouco forte, mas tão bom! E a espessura do vinagre, quase um molho reduzido!

Por fim, provámos vinagres mais novos aromatizados com diversos sabores: açafrão, laranja, baunilha, figo e menta. Gostei de todos mas o meu maior receio era o de menta (saberia a elixir bucal??). Mas gostei, apesar de o de laranja ser o que me ficou mais na memória (tanto que trouxe um!)
Foi uma visita super enriquecedora e muito boa! Recomendo a toda a gente que passar por lá perto: Foi relativamente fácil de encontrar, ter visita e, melhor ainda, foi gratuita!

As uvas cozem durante 2 dias seguidos, a fervilhar sem ferver e, após esses dias, vão para o maior de cinco barris em que vão estar. Passado X tempo (já não sei precisar quanto), tiram 40% do primeiro barril com uma pipeta e passam-no para um barril mais pequeno. Depois tiram 30 e 20% nos próximos barris, respectivamente, que vão ficando também mais pequenos.

Para se criar o vinagre, é necessário que este esteja em contacto com o ar. Por isso, os barris são abertos no topo e, tradicionalmente, seria tapado com uma pedra, para que não entrassem impurezas e houvesse contacto com o ar. No entanto, com a legislação de produção e venda, as pedras não são permitidas e substituíram-se por lenços.

Os vinagres também podem ter várias idades, como o vinho, sendo que o mais antigo que vendem é o de 25 anos, com capa de rolha dourada e denominado vecchio (velho).
Após esta aula fantástica, descemos para algo ainda melhor: prova de vinagres! Estava muito curiosa e ao mesmo tempo desconfiada, porque não fazia ideia dos sabores que ia encontrar.
Mas deixem-me que vos diga... Foi muito bom e surpreendente! Nunca tinha provado vinagres assim! Agridoces, espessos. Cores lindas, sabores ainda melhores!

Provámos um vinagre branco de 5 e oito anos e eram divinais, para quem gosta de docinho! Se provasse sem saber, nunca diria que era vinagre! Fabuloso! Acompanham bem com fruta, carne, queijo até!.
Depois disso, provámos os vinagres de 12 e 25 anos... Aí sim, vem a intensidade. Mas não de azedo, aquilo que se espera num vinagre! Não. Primeiro, um agre muito suave que remata com um doce um pouco forte, mas tão bom! E a espessura do vinagre, quase um molho reduzido!

Por fim, provámos vinagres mais novos aromatizados com diversos sabores: açafrão, laranja, baunilha, figo e menta. Gostei de todos mas o meu maior receio era o de menta (saberia a elixir bucal??). Mas gostei, apesar de o de laranja ser o que me ficou mais na memória (tanto que trouxe um!)
Foi uma visita super enriquecedora e muito boa! Recomendo a toda a gente que passar por lá perto: Foi relativamente fácil de encontrar, ter visita e, melhor ainda, foi gratuita!
ACETAIA MALPIGHI Srl
Taste & Tour: educational e visite guidate
Via Vignolese, 1487 – 41126 Modena, Zona San Donnino
tel. +39 059 467725
tour@malpighistore.it
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tel. +39 059 467725
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Perguntámos a guia por um restaurante na zona e ela recomendou-nos um em que usavam o vinagre tradicional de lá, e aconselhou o risotto alla parmegianna e os tortellinis, pois ambos usavam o vinagre.
Acabámos por seguir o conselho e posso dizer que foi o melhor (e mais caro!) almoço que lá tivemos!
A poucos minutos da Acetaia, demos com o Ristorante La Busa e lá fomos então ao nosso festim.
Começámos o nosso "menu de degustação vinagre balsâmico" com o Risotto alla parmeggiana e o A. com os Tortellinis di Zuca (Abóbora).
Risotto cremoso, saboroso, com aquela goma maravilhosa! Sabor intenso a queijo (o A. não aprovou - vá-se lá saber porquê...) que era cortado pelo doce do vinagre balsâmico... A apresentação era cuidada e bonita, super apelativa aos olhos. E o risotto estava no ponto (para quem não sabe, o seu ponto assemelha-se um pouco ao que vos parece arroz mal cozido - mas é mesmo assim!).


Os tortellinis era suaves, com a massa super fofa e que derretia na boca. Também tinham algum queijo mas, felizmente para o A, o seu sabor era bem menos intenso, havendo um pequeno toque doce da abóbora. Mais uma vez, o vinagre elevou o prato e a "coroa" de queijo por baixo foi uma feliz surpresa para mim, que comi a do meu risotto e a dos tortellinis do A! eheheh
Como segundo prato, pedimos carne com molho de vinagre balsâmico. Infelizmente, não me lembro nem do nome da carne que estava no menu, nem da que veio para a nossa mesa, pois a amável senhora que nos atendeu disse que não havia a do menu.
A carne tinha muito bom aspecto, estava suculenta e no ponto mas, a nível de sabor, não chega nem perto da nossa "simples" carne grelhada. Faltavam-lhe temperos, que conseguiram ser disfarçados pelo molho de vinagre, intenso, rico e saboroso.


Para sobremesa, decidimos arriscar em algo que nunca tinha visto: Gelado de Baunilha com Vinagre Balsâmico. E bendita a hora que o fizemos!

Em primeiro lugar, a cremosidade e textura do gelado. O seu sabor... Divinal! Em segundo lugar, o contraste do agridoce do vinagre que casava tão bem! A sério, uma surpresa super agradável!
Para terminar em beleza, pedimos um cálice de Limoncello, que veio acompanhado de biscotti. Estava há tanto tempo com vontade de provar Limoncello! Gostei bastante, mas julguei que fosse mais fresco e mais docinho.

Este almoço foi uma experiência enriquecedora a nível gastronómico pois, não só pudemos provar alguns dos pratos tradicionais da região, como ainda tivemos a surpresa tão boa do gelado!
Se alguém andar pela zona de Módena e não souber onde almoçar, recomendo completamente este Ristorante onde se come (e paga) bem!
Antica Trattoria La Busa
Via Medicine, 2284, 41057 Spilamberto, Itália
Depois disso, a tarde foi passada entre Maranello (mais Ferrari) e as redondezas à volta de Bolonha (com a Casa Luciano Pavarotti).
À noite, pudemos apreciar uma tradição super italiana: a apericena. Entre a hora do lanche e do jantar (mais ou menos entre as 18.30h e as 21h), os italianos reúnem-se em bares ou cafés e tomam um aperitivo, que traz consigo uma panóplia de pequenos acepipes salgados e doces. Ou seja, escolhemos um aperitivo (diga-se uma bebida entre os 10/15€) e cada café tem incluído com o aperitivo, pequenas pizzas em miniatura, mozzarella com tomate, sobremesas em miniatura, por exemplo.
Em demanda por um jantar mais económico (sim, 15€ é económico por lá!) decidimos que iríamos tentar que os nossos jantares fossem assim. Assim, descobrimos um café simples mas bonito, mas que tinha uma enormidade de acepipes à escolha que os meus olhos até cintilaram!
Pedimos então uma bebida muito pedida por lá, a Spritz, que é uma mistura de Aperol ou Campari (bebidas alcóolicas), água com gás e vinho branco. Pedimos porque não só era usual por lá, mas aquela cor... Aquele laranja era tão convidativo! Infelizmente, o sabor não correspondeu ao que eu esperava: Era bem mais amargo que o que eu estava à espera. O outro aperitivo foi um Cosmopolitan que, esse sim, eu já conhecia e já sabia que era bem bom! Mal recebemos as bebidas, fomos buscar os nossos acepipes e pudemos comer até já não ter fome!


Quando nos dávamos por vencidos, eis que surge do nada uma pizza marguerita à nossa frente, oferecida pelo café por termos adquirido dois aperitivos! Não se ia estragar, não é? Lá fizemos o esforço de a comer eheh Muito saborosa, com muuuito queijo, e uma base crocante!

Nesse dia, fomos cedo para o hotel e acabámos por sessão de home cinema e descansar um pouco mais.
No dia seguinte, partimos com rumo a Florença, passando por Pisa e quem sabe, molhar os pés nalgum lugar.
Acabámos por ir dar à Marina di Pisa, onde a maior parte da praia era de "pedras do rio" brancas (imaginem o conforto...), mas o mar era quase transparente e bem fresquinho! Ainda deu para comer mais um geladinho, desta vez de amora e Kinder. A Amora era super fresco e não muito doce, e o Kinder.. Bem, o Kinder já imaginam o quão bom era :)

Voltámos para o caminho e chegámos a Pisa e fomos fazer a visita do típico turista: A Torre, o Batistério e toca de fugir das multidões!
Acabámos por fazer uma almoço mais em conta e comemos uma pizza individual numa das muitas lojas que por lá vendiam (Desculpem, não tirei foto). Estava desconfiada com o local, mas tive a boa surpresa de as pizzas serem muito boas, com a massa crocante e o queijo derretido que sabe sempre tão bem. E provei anchovas pela primeira vez, pois de repente recebíamos um kick de salgado marítimo na pizza que, afinal, até não casava nada mal!
Continuámos a nossa voltinha e chegámos a Florença já à tarde. Edifícios imponentes, tão grandes como nunca tinha visto. Muitas pessoas na rua, músicos de rua muito bons, pinturas super originais mas que todos os vendedores as tinham... O que se pode esperar de uma cidade tão turística.
Deambulámos sem destino e com o gps não mão, para visitarmos alguns pontos mais turísticos, como a Fonte de Neptuno, a Piazza della Republica, Santa Maria del Fiore...
E chegou a hora da fomeca! Lá começou novamente a procura de um local na happy hour para jantar e, desta vez, perguntámos ao nosso amigo google onde podíamos ir. E ele indicou-nos o bar Chiaroscuro, onde se comia bem e relativamente barato.
Desta vez, os aperitivos foram a Caipirinha e a Tequila Sunrise (fresquinhas para aguentar o calor que por lá estava) e os acepipes, ainda que em menor variedade que em Bolonha, era muito bons! Adorei a salada de morango, kiwi, massa e legumes que tinham lá (repeti umas três vezes!), assim como as mini tostas com mozzarella derretido.

Depois do jantar, a sobremesa! Mais um gelato para a colecção, desta vez, com 300mil sabores diferentes: melancia, pêssego, mojito, kiwi e cassata siciliana (que era baunilha com frutas cristalizadas). Haja vontade de comer que comida não falta! A cassata foi uma pequena desilusão, porque as frutas eram extremamente doces, mas o de melancia, pêssego e kiwi eram muito bons!

Ainda era de dia quando terminámos de jantar, mas estava naquela hora do pôr-do-sol... Estávamos na Ponte dela Trinitá e o sol lá ao fundo... Há lá cenário mais bonito?
No dia seguinte, continuámos a visitar Florença e, desta vez, fomos visitar o museu Leonardo da Vinci, onde vimos muitas das suas invenções e ideias. Meu deus, que génio!
E rapidamente se tornou hora de almoço.
Começámos a pensar que, efectivamente, ainda não tínhamos comido uma lasanha e não podíamos deixar de o fazer! Coincidência ou intervenção divina, poucos metros à frente, está anunciado numa pequena trattoria "Lasagna al forno - 10€". Nem foi tarde nem cedo, ficámos logo ali!
E que recepção! Um senhor tão italiano, tão italiano, que o seu inglês bem falado era a cantar, como só eles sabem fazer! :)
Não demorámos muito a sermos atendidos, e mais rápidos a escolher era difícil: Venha de lá a lasanha!
Bem... O aspecto pode não ser o mais apelativo para alguns, mas ao vivo... Um visual rústico, mas tão apetitoso! A massa cozida na perfeição, o molho cremoso e espesso com a carne... Crocante por cima, sedoso por dentro. Não podíamos ter escolhido melhor sítio para ter provado!

E como podia terminar melhor? Com duas sobremesas super tradicionais: Pannacotta e Tiramisu! Eu, pessoalmente, não gosto muito de coisas a saberem a café a não ser o próprio café, pelo que, como devem imaginar, a pannacotta veio para mim sem hesitações. Além disso, tinha muuuita curiosidade em provar uma feita lá para saber se as minhas estavam longe do que era suposto ser. Afinal, acho que estou no caminho certo! Neste caso, parece-me que usaram mais gelatina do que eu, pois era uma pannacotta robusta e densa, um pouco mais rija que a minha.
Mas o sabor baunilhado era do outro mundo! Se fosse agora tinha pedido ao natural porque, apesar de o molho de frutos vermelhos ser bom, pareceu-me um pouco forte demais para apreciar a simplicidade e sabor único da pannacotta.

O tiramisu, mais uma vez com um visual rústico, era muito saboroso (segundo o A. que não é tão esquisito como eu eheheh) e bastante cremoso! E pelo seu aspecto, concordo!

Saímos, mais uma vez, super contentes pela escolha e, claro, pela maravilhosa comida!
Aconselho vivamente a irem lá experimentar!
Trattoria Buzzino
Via dei Leoni, 8-red, 50122 Firenze, Itália
Durante a tarde, perdemo-nos pelas ruas de Florença, visitando o museu Galileo Galilei, a ponte Vechio, tanta coisa...
Regressámos relativamente cedo ao hotel e não ficámos para a happy hour na cidade. Mas tínhamos visto um sítio bem cotado na Internet para comer pizza mesmo ali ao lado!
O nome não me inspirava grande confiança (Mas quem chama Pizza Man a um sítio assim? ahah), mas só via boas reviews pela Internet. Por isso, decidimos arriscar!
Primeira coisa boa, não tem coperto (a taxa que pagas por usufruires de estares sentado à mesa, da mesa, dos copos, talheres, enfim...uma roubalheira). Segunda coisa boa, és recebido com um copo de espumante. Oh lá lá! Estou a gostar!

Terceira coisa boa, podíamos ver a cozinha onde se faziam as pizzas, e bem atarefados eles estavam!
Por fim, escolhemos experimentar as pizzas Parmigiana e a Carretiera.
A Pizza Parmigiana levava beringela grelhada, tomate san marzano, manjericão e mozzarella. Simples, mas tão boa! E quem diria que a beringela ficava ali tão bem?

A Pizza Carretiera levava tomate cherry, mozzarella, ricotta e manjericão, e ainda um azeite picante por cima! Ainda bem que foi o A. quem a escolheu eheh

Apesar de não ser a massa típica italiana (fina e crocante), pois era alta e crocante e fofa ao mesmo tempo, eu preferi muito mais esta última, pois tinha-se o bom dos dois mundos: Crocante nas bordas, e fofinha por dentro. E com o gostinho do forno de lenha... Tão boas!
Já sabem, apesar do nome caricato, as pizzas são muito boas!
Então dec
Pizza Man
Via del Sansovino, 191, Firenze
No dia seguinte, era hora de rumar ao último destino: Roma. Mas antes, molhar os pés mais uma vez e, desta vez, apanhar um pouquinho de sol (Foi para isso que levei o bikini!).
Entre Florença e Roma, fica a praia de Castiglione della Pescaia, uma praia desta vez com areia (finalmente!) e um mar super cristalino. A água era mais quente, quase como o Algarve, mas ainda não chegava lá. Ainda assim, deu para tomar uns bons banhos, que souberam às mil maravilhas e, em conjunto com trabalhar para o bronze, deu para descansar um pouco os pés, que começavam a chorar e a pedir para parar :)
Começou a ficar demasiado calor para estar ao sol (e sem chapéu de sol ou a 20€/dia por um...) e começámos a ver sítios para comer qualquer coisa. Não havia muito por onde escolher ali ao pé, pelo que ficámos no café da praia, que também servia almoços.
Seria a primeira e última vez que comemos peixe em Itália. É tão raro ver peixe para comer, nas ementas! E aqui via-se mais por ser uma zona perto do mar, digo eu.
Então decidi-me por um risotto Nero di Sepia, cuja menina (que mal falava inglês) me tinha dito que era peixe. Então confiei! O A. pediu peixe espada grelhado.
Qual não é o meu espanto quando o risotto nero não era nero por ser arroz preto, mas sim por ser feito com tinta de choco e levava lulas! Oh a desilusão, o horror, a tragédia (pronto, não gosto de lulas). Eu tentei, a sério que tentei. Provei, analisei... E dei-me conta que não era para mim.

Felizmente, o A. gosta de lulas e trocou comigo (tão fofiiiinho) e eu fiquei com o peixe espada grelhado.
O peixe estava um pouco seco para mim, mas de sabor estava bom. E os tomate cherry complementavam muito bem o prato. O A. também gostou bastante do risotto.

No entanto, não ficámos completamente satisfeitos e ainda havia um ratinho no estômago, pelo que saímos e continuámos rumo a Roma, com esperança de parar em algum lado para comer mais qualquer coisa.
A fome, afinal, acabou por passar e aguentámos até Roma com as bolachas que tínhamos na mochila e as quantidades enormes de água que íamos bebendo, tal era o calor.
Chegámos já relativamente tarde a Roma (entre quase ficar sem gasolina antes de entregar o carro no aeroporto, esperar por transportes públicos e fazer o check-in...) e não nos apeteceu procurar por happy hours àquela hora.
Então fomos para a Piazza Santa Maria Maggiore, que ficava perto do hotel, e pedimos o menu turístico num ristorante lá ao lado. Eu sei que devia fugir desses menus, mas a parte financeira também contou para ter sido assim...
Felizmente, tinha um prato que eu queria provar: A Carbonara, que tradicionalmente, nem natas leva, mas sim ovo e muito queijo. O que a internacionalização faz...
Pedimos então Rigatoni alla Carbonara e, apesar de a massa estar demasiado al dente para mim e quase jurar que era de compra, o molho de ovo com parmesão era forte e intenso, muito agradável para mim! Infelizmente para o A., que pediu o mesmo, já não lhe correu tão bem, pelo que acabei por comer a maior parte da massa que tinha queijo por cima.

Como segundo pratos, pedimos Frango à Milanese, que não foi mais que um panado de frango frito, com batatas fritas das congeladas... Uma desilusão.

Saímos sem fome, mas não tão satisfeitos como nas outras refeições.
O dia seguinte começou cedo com uma visita ao Coliseu (pouca fila, yeah!), uma visita a uma exposição de bonecas Barbie (quem me conhece, sabe deste vício secreto...) e uns passeios pelas ruas de Roma. Fomos à Fontana di Trevi atirar a moeda para lá voltarmos, vimos o Panteão e a escadaria da Praça de Espanha, onde tantas vezes se faziam grandes desfiles de moda.
Como o calor apertava e apetecia algo docinho, parámos numa das muitas gelatarias Grom que se vêm por toda a Itália e vieram dois gelatos: Um com pistáchio e framboesa (para o A.) e o sabor Grom e creme de pasteleiro para mim. Mais uma vez, a cremosidade sempre em alto nível e os sabores super deliciosos. Tive medo que o de creme de pasteleiro fosse muito doce, mas afinal era bastante suave, doce no ponto certo!

Pela praça de Espanha, decidimos procurar um sítio para comer e na Internet falavam muito bem de uma pequena loja que vendia massa em take-away por 4€, e com boas opiniões. Querem lá melhor preço?? Fica bem perto da Praça de Espanha e foi relativamente fácil de encontrar a lojinha. Felizmente, não tinha muita gente (parece que costuma estar cheia!) e então pedimos Penne alla Carbonara e Alla Amatriciana (se a memória não me falha).
O seu sabor era bom mas, mais uma vez, parecia-me demasiado al dente (começo a pensar que "o problema não és tu, sou eu"). Mas foi uma experiência diferente: Toma lá o teu tupperwarezinho e os teus talheres de plástico e come onde quiseres. Sentámo-nos num passeio e desfrutámos de uma vista para a Praça de Espanha, de tupperware na mão eheh (Peço desculpa, mas de tupperware numa mão e garfo na outra, não deu para tirar foto...)
À tarde, decidimos queimar as calorias e ir a pé até ao Vaticano e visitar a Basílica de S. Pedro. Mais uma vez, tinha muita gente, mas foi relativamente rápido entrarmos lá! Só é pena que não possamos levar nem os ombros nem acima do joelho a descoberto, porque ter passado o dia de calças foi um suplício para mim (as calças completamente encharcadas de suor, a colarem às pernas... bah). Mas de resto, foi uma visita bastante interessante. Não particularmente inspiradora a nível religioso e até a nível interior (julguei que ia ter alguma inspiração ou epifania), mas a nível de beleza arquitectural muito estimulante!
Por fim, despedimo-nos de Roma com uma apericena um pouco mais cara (15€/pessoa) mas muito saborosa! Pedimos um Rossini e um Bellini como aperitivos e, como acepipes, tanta pizza, como mozzarella fresca, pequenas tostas... Eu comi tanta mozzarella que quase enjoei! ahah e o ponto forte da refeição foi o sushi à italiana, que era com mozzarella por dentro, e o creme de tomate com pequenas chips de batata doce/abóbora/cenoura (não me julguem, mas honestamente não consegui descobrir o que era!)


Mas que despedida!
No dia seguinte, era hora de arrumar tudo e sair do hotel. Fomos fazer as compras das recordações para oferecer e dar mais um pequeno passeio.
Chegámos ao aeroporto, fazer as horas normais de espera e, à noite, chegávamos finalmente a casa.
Mas que viagem! Que viagem! Tão enriquecedora, a nível cultural, mas principalmente a nível gastronómico! Tudo o que eu queria experimentar, experimentei e não pude chegar a casa mais feliz! :)
Recomendo esta pequena aventura a todos! Não é barata, é cansativa, dá cabo de nós... Mas no fim, tudo compensou! :)
No dia seguinte, ainda fomos a Cantanhede, à Expofacic e pude trazer para casa mais umas coisinhas boas para experimentar: fruta desidratada e cristalizada. Neste caso, Hibisco, Melão, Mirtilo, Papaia, Toranja, Aloé Vera, Casca de Limão, Ananás com Beterraba, Casca de Lima e Kiwi! Para quando te apetece algo doce, vais ao saquito e roubas um bocadinho :)

O nosso objectivo era jantar por lá, mas era tanta gente à espera em praticamente todas as tasquinhas, que preferimos fugir de lá e procurar algo na zona. Acabámos por dar com o restaurante Dom Fininho e íamos comer algo simples, como uma carne grelhada mas, ao olharmos para a mesa ao lado, não pudemos deixar de mudar a nossa escolha e ir para o tão famoso prato de lá, o Festival de Marisco!
Não é barato, (22€/pessoa), mas é marisco completamente à discrição, quantas travessas quiserem! Além disso, senti-me uma diva de uma novela mexicana durante cerca de 20 minutos (com espectadores e tudo), pois estive com uma ostra na mão durante esse tempo todo, a ponderar se ia experimentar ou não! Diga-se a verdade, aquilo de bom aspecto não tem nada! Quem terá sido o primeiro a pensar que aquilo tão feio poderia ser bom para comer??

Mas lá me decidi e, após duas tentativas (porque pensava que a ostra estava despegada e afinal não), lá engoli aquilo, sem mastigar sem nada! E não é que afinal até é bom? Tinha muito medo do sabor a mar, mas azedo, sabem? Mas não, é um sabor a mar, mas suave, fresquinho! Afinal, o drama compensou e valeu a pena ter experimentado! :)
Peço desculpa pelo testamento que aqui coloquei, mas não podia deixar de partilhar com vocês esta aventura tão gratificante!
Espero que gostem deste relato e que vos deixe com vontade de viajar até Itália!
Beijinhos
Sabor de Bolso
Acabámos por seguir o conselho e posso dizer que foi o melhor (e mais caro!) almoço que lá tivemos!
A poucos minutos da Acetaia, demos com o Ristorante La Busa e lá fomos então ao nosso festim.
Começámos o nosso "menu de degustação vinagre balsâmico" com o Risotto alla parmeggiana e o A. com os Tortellinis di Zuca (Abóbora).
Risotto cremoso, saboroso, com aquela goma maravilhosa! Sabor intenso a queijo (o A. não aprovou - vá-se lá saber porquê...) que era cortado pelo doce do vinagre balsâmico... A apresentação era cuidada e bonita, super apelativa aos olhos. E o risotto estava no ponto (para quem não sabe, o seu ponto assemelha-se um pouco ao que vos parece arroz mal cozido - mas é mesmo assim!).


Os tortellinis era suaves, com a massa super fofa e que derretia na boca. Também tinham algum queijo mas, felizmente para o A, o seu sabor era bem menos intenso, havendo um pequeno toque doce da abóbora. Mais uma vez, o vinagre elevou o prato e a "coroa" de queijo por baixo foi uma feliz surpresa para mim, que comi a do meu risotto e a dos tortellinis do A! eheheh
Como segundo prato, pedimos carne com molho de vinagre balsâmico. Infelizmente, não me lembro nem do nome da carne que estava no menu, nem da que veio para a nossa mesa, pois a amável senhora que nos atendeu disse que não havia a do menu.
A carne tinha muito bom aspecto, estava suculenta e no ponto mas, a nível de sabor, não chega nem perto da nossa "simples" carne grelhada. Faltavam-lhe temperos, que conseguiram ser disfarçados pelo molho de vinagre, intenso, rico e saboroso.


Para sobremesa, decidimos arriscar em algo que nunca tinha visto: Gelado de Baunilha com Vinagre Balsâmico. E bendita a hora que o fizemos!

Em primeiro lugar, a cremosidade e textura do gelado. O seu sabor... Divinal! Em segundo lugar, o contraste do agridoce do vinagre que casava tão bem! A sério, uma surpresa super agradável!
Para terminar em beleza, pedimos um cálice de Limoncello, que veio acompanhado de biscotti. Estava há tanto tempo com vontade de provar Limoncello! Gostei bastante, mas julguei que fosse mais fresco e mais docinho.

Este almoço foi uma experiência enriquecedora a nível gastronómico pois, não só pudemos provar alguns dos pratos tradicionais da região, como ainda tivemos a surpresa tão boa do gelado!
Se alguém andar pela zona de Módena e não souber onde almoçar, recomendo completamente este Ristorante onde se come (e paga) bem!
Antica Trattoria La Busa
Via Medicine, 2284, 41057 Spilamberto, Itália
Depois disso, a tarde foi passada entre Maranello (mais Ferrari) e as redondezas à volta de Bolonha (com a Casa Luciano Pavarotti).
À noite, pudemos apreciar uma tradição super italiana: a apericena. Entre a hora do lanche e do jantar (mais ou menos entre as 18.30h e as 21h), os italianos reúnem-se em bares ou cafés e tomam um aperitivo, que traz consigo uma panóplia de pequenos acepipes salgados e doces. Ou seja, escolhemos um aperitivo (diga-se uma bebida entre os 10/15€) e cada café tem incluído com o aperitivo, pequenas pizzas em miniatura, mozzarella com tomate, sobremesas em miniatura, por exemplo.
Em demanda por um jantar mais económico (sim, 15€ é económico por lá!) decidimos que iríamos tentar que os nossos jantares fossem assim. Assim, descobrimos um café simples mas bonito, mas que tinha uma enormidade de acepipes à escolha que os meus olhos até cintilaram!
Pedimos então uma bebida muito pedida por lá, a Spritz, que é uma mistura de Aperol ou Campari (bebidas alcóolicas), água com gás e vinho branco. Pedimos porque não só era usual por lá, mas aquela cor... Aquele laranja era tão convidativo! Infelizmente, o sabor não correspondeu ao que eu esperava: Era bem mais amargo que o que eu estava à espera. O outro aperitivo foi um Cosmopolitan que, esse sim, eu já conhecia e já sabia que era bem bom! Mal recebemos as bebidas, fomos buscar os nossos acepipes e pudemos comer até já não ter fome!


Quando nos dávamos por vencidos, eis que surge do nada uma pizza marguerita à nossa frente, oferecida pelo café por termos adquirido dois aperitivos! Não se ia estragar, não é? Lá fizemos o esforço de a comer eheh Muito saborosa, com muuuito queijo, e uma base crocante!

Nesse dia, fomos cedo para o hotel e acabámos por sessão de home cinema e descansar um pouco mais.
No dia seguinte, partimos com rumo a Florença, passando por Pisa e quem sabe, molhar os pés nalgum lugar.
Acabámos por ir dar à Marina di Pisa, onde a maior parte da praia era de "pedras do rio" brancas (imaginem o conforto...), mas o mar era quase transparente e bem fresquinho! Ainda deu para comer mais um geladinho, desta vez de amora e Kinder. A Amora era super fresco e não muito doce, e o Kinder.. Bem, o Kinder já imaginam o quão bom era :)

Voltámos para o caminho e chegámos a Pisa e fomos fazer a visita do típico turista: A Torre, o Batistério e toca de fugir das multidões!
Acabámos por fazer uma almoço mais em conta e comemos uma pizza individual numa das muitas lojas que por lá vendiam (Desculpem, não tirei foto). Estava desconfiada com o local, mas tive a boa surpresa de as pizzas serem muito boas, com a massa crocante e o queijo derretido que sabe sempre tão bem. E provei anchovas pela primeira vez, pois de repente recebíamos um kick de salgado marítimo na pizza que, afinal, até não casava nada mal!
Continuámos a nossa voltinha e chegámos a Florença já à tarde. Edifícios imponentes, tão grandes como nunca tinha visto. Muitas pessoas na rua, músicos de rua muito bons, pinturas super originais mas que todos os vendedores as tinham... O que se pode esperar de uma cidade tão turística.
Deambulámos sem destino e com o gps não mão, para visitarmos alguns pontos mais turísticos, como a Fonte de Neptuno, a Piazza della Republica, Santa Maria del Fiore...
E chegou a hora da fomeca! Lá começou novamente a procura de um local na happy hour para jantar e, desta vez, perguntámos ao nosso amigo google onde podíamos ir. E ele indicou-nos o bar Chiaroscuro, onde se comia bem e relativamente barato.
Desta vez, os aperitivos foram a Caipirinha e a Tequila Sunrise (fresquinhas para aguentar o calor que por lá estava) e os acepipes, ainda que em menor variedade que em Bolonha, era muito bons! Adorei a salada de morango, kiwi, massa e legumes que tinham lá (repeti umas três vezes!), assim como as mini tostas com mozzarella derretido.

Depois do jantar, a sobremesa! Mais um gelato para a colecção, desta vez, com 300mil sabores diferentes: melancia, pêssego, mojito, kiwi e cassata siciliana (que era baunilha com frutas cristalizadas). Haja vontade de comer que comida não falta! A cassata foi uma pequena desilusão, porque as frutas eram extremamente doces, mas o de melancia, pêssego e kiwi eram muito bons!

Ainda era de dia quando terminámos de jantar, mas estava naquela hora do pôr-do-sol... Estávamos na Ponte dela Trinitá e o sol lá ao fundo... Há lá cenário mais bonito?
No dia seguinte, continuámos a visitar Florença e, desta vez, fomos visitar o museu Leonardo da Vinci, onde vimos muitas das suas invenções e ideias. Meu deus, que génio!
E rapidamente se tornou hora de almoço.
Começámos a pensar que, efectivamente, ainda não tínhamos comido uma lasanha e não podíamos deixar de o fazer! Coincidência ou intervenção divina, poucos metros à frente, está anunciado numa pequena trattoria "Lasagna al forno - 10€". Nem foi tarde nem cedo, ficámos logo ali!
E que recepção! Um senhor tão italiano, tão italiano, que o seu inglês bem falado era a cantar, como só eles sabem fazer! :)
Não demorámos muito a sermos atendidos, e mais rápidos a escolher era difícil: Venha de lá a lasanha!
Bem... O aspecto pode não ser o mais apelativo para alguns, mas ao vivo... Um visual rústico, mas tão apetitoso! A massa cozida na perfeição, o molho cremoso e espesso com a carne... Crocante por cima, sedoso por dentro. Não podíamos ter escolhido melhor sítio para ter provado!

E como podia terminar melhor? Com duas sobremesas super tradicionais: Pannacotta e Tiramisu! Eu, pessoalmente, não gosto muito de coisas a saberem a café a não ser o próprio café, pelo que, como devem imaginar, a pannacotta veio para mim sem hesitações. Além disso, tinha muuuita curiosidade em provar uma feita lá para saber se as minhas estavam longe do que era suposto ser. Afinal, acho que estou no caminho certo! Neste caso, parece-me que usaram mais gelatina do que eu, pois era uma pannacotta robusta e densa, um pouco mais rija que a minha.
Mas o sabor baunilhado era do outro mundo! Se fosse agora tinha pedido ao natural porque, apesar de o molho de frutos vermelhos ser bom, pareceu-me um pouco forte demais para apreciar a simplicidade e sabor único da pannacotta.

O tiramisu, mais uma vez com um visual rústico, era muito saboroso (segundo o A. que não é tão esquisito como eu eheheh) e bastante cremoso! E pelo seu aspecto, concordo!

Saímos, mais uma vez, super contentes pela escolha e, claro, pela maravilhosa comida!
Aconselho vivamente a irem lá experimentar!
Trattoria Buzzino
Via dei Leoni, 8-red, 50122 Firenze, Itália
Durante a tarde, perdemo-nos pelas ruas de Florença, visitando o museu Galileo Galilei, a ponte Vechio, tanta coisa...
Regressámos relativamente cedo ao hotel e não ficámos para a happy hour na cidade. Mas tínhamos visto um sítio bem cotado na Internet para comer pizza mesmo ali ao lado!
O nome não me inspirava grande confiança (Mas quem chama Pizza Man a um sítio assim? ahah), mas só via boas reviews pela Internet. Por isso, decidimos arriscar!
Primeira coisa boa, não tem coperto (a taxa que pagas por usufruires de estares sentado à mesa, da mesa, dos copos, talheres, enfim...

Terceira coisa boa, podíamos ver a cozinha onde se faziam as pizzas, e bem atarefados eles estavam!
Por fim, escolhemos experimentar as pizzas Parmigiana e a Carretiera.
A Pizza Parmigiana levava beringela grelhada, tomate san marzano, manjericão e mozzarella. Simples, mas tão boa! E quem diria que a beringela ficava ali tão bem?

A Pizza Carretiera levava tomate cherry, mozzarella, ricotta e manjericão, e ainda um azeite picante por cima! Ainda bem que foi o A. quem a escolheu eheh

Apesar de não ser a massa típica italiana (fina e crocante), pois era alta e crocante e fofa ao mesmo tempo, eu preferi muito mais esta última, pois tinha-se o bom dos dois mundos: Crocante nas bordas, e fofinha por dentro. E com o gostinho do forno de lenha... Tão boas!
Já sabem, apesar do nome caricato, as pizzas são muito boas!
Então dec
Pizza Man
Via del Sansovino, 191, Firenze
No dia seguinte, era hora de rumar ao último destino: Roma. Mas antes, molhar os pés mais uma vez e, desta vez, apanhar um pouquinho de sol (Foi para isso que levei o bikini!).
Entre Florença e Roma, fica a praia de Castiglione della Pescaia, uma praia desta vez com areia (finalmente!) e um mar super cristalino. A água era mais quente, quase como o Algarve, mas ainda não chegava lá. Ainda assim, deu para tomar uns bons banhos, que souberam às mil maravilhas e, em conjunto com trabalhar para o bronze, deu para descansar um pouco os pés, que começavam a chorar e a pedir para parar :)
Começou a ficar demasiado calor para estar ao sol (e sem chapéu de sol ou a 20€/dia por um...) e começámos a ver sítios para comer qualquer coisa. Não havia muito por onde escolher ali ao pé, pelo que ficámos no café da praia, que também servia almoços.
Seria a primeira e última vez que comemos peixe em Itália. É tão raro ver peixe para comer, nas ementas! E aqui via-se mais por ser uma zona perto do mar, digo eu.
Então decidi-me por um risotto Nero di Sepia, cuja menina (que mal falava inglês) me tinha dito que era peixe. Então confiei! O A. pediu peixe espada grelhado.
Qual não é o meu espanto quando o risotto nero não era nero por ser arroz preto, mas sim por ser feito com tinta de choco e levava lulas! Oh a desilusão, o horror, a tragédia (pronto, não gosto de lulas). Eu tentei, a sério que tentei. Provei, analisei... E dei-me conta que não era para mim.

Felizmente, o A. gosta de lulas e trocou comigo (tão fofiiiinho) e eu fiquei com o peixe espada grelhado.
O peixe estava um pouco seco para mim, mas de sabor estava bom. E os tomate cherry complementavam muito bem o prato. O A. também gostou bastante do risotto.

No entanto, não ficámos completamente satisfeitos e ainda havia um ratinho no estômago, pelo que saímos e continuámos rumo a Roma, com esperança de parar em algum lado para comer mais qualquer coisa.
A fome, afinal, acabou por passar e aguentámos até Roma com as bolachas que tínhamos na mochila e as quantidades enormes de água que íamos bebendo, tal era o calor.
Chegámos já relativamente tarde a Roma (entre quase ficar sem gasolina antes de entregar o carro no aeroporto, esperar por transportes públicos e fazer o check-in...) e não nos apeteceu procurar por happy hours àquela hora.
Então fomos para a Piazza Santa Maria Maggiore, que ficava perto do hotel, e pedimos o menu turístico num ristorante lá ao lado. Eu sei que devia fugir desses menus, mas a parte financeira também contou para ter sido assim...
Felizmente, tinha um prato que eu queria provar: A Carbonara, que tradicionalmente, nem natas leva, mas sim ovo e muito queijo. O que a internacionalização faz...
Pedimos então Rigatoni alla Carbonara e, apesar de a massa estar demasiado al dente para mim e quase jurar que era de compra, o molho de ovo com parmesão era forte e intenso, muito agradável para mim! Infelizmente para o A., que pediu o mesmo, já não lhe correu tão bem, pelo que acabei por comer a maior parte da massa que tinha queijo por cima.

Como segundo pratos, pedimos Frango à Milanese, que não foi mais que um panado de frango frito, com batatas fritas das congeladas... Uma desilusão.

Saímos sem fome, mas não tão satisfeitos como nas outras refeições.
O dia seguinte começou cedo com uma visita ao Coliseu (pouca fila, yeah!), uma visita a uma exposição de bonecas Barbie (quem me conhece, sabe deste vício secreto...) e uns passeios pelas ruas de Roma. Fomos à Fontana di Trevi atirar a moeda para lá voltarmos, vimos o Panteão e a escadaria da Praça de Espanha, onde tantas vezes se faziam grandes desfiles de moda.
Como o calor apertava e apetecia algo docinho, parámos numa das muitas gelatarias Grom que se vêm por toda a Itália e vieram dois gelatos: Um com pistáchio e framboesa (para o A.) e o sabor Grom e creme de pasteleiro para mim. Mais uma vez, a cremosidade sempre em alto nível e os sabores super deliciosos. Tive medo que o de creme de pasteleiro fosse muito doce, mas afinal era bastante suave, doce no ponto certo!

Pela praça de Espanha, decidimos procurar um sítio para comer e na Internet falavam muito bem de uma pequena loja que vendia massa em take-away por 4€, e com boas opiniões. Querem lá melhor preço?? Fica bem perto da Praça de Espanha e foi relativamente fácil de encontrar a lojinha. Felizmente, não tinha muita gente (parece que costuma estar cheia!) e então pedimos Penne alla Carbonara e Alla Amatriciana (se a memória não me falha).
O seu sabor era bom mas, mais uma vez, parecia-me demasiado al dente (começo a pensar que "o problema não és tu, sou eu"). Mas foi uma experiência diferente: Toma lá o teu tupperwarezinho e os teus talheres de plástico e come onde quiseres. Sentámo-nos num passeio e desfrutámos de uma vista para a Praça de Espanha, de tupperware na mão eheh (Peço desculpa, mas de tupperware numa mão e garfo na outra, não deu para tirar foto...)
À tarde, decidimos queimar as calorias e ir a pé até ao Vaticano e visitar a Basílica de S. Pedro. Mais uma vez, tinha muita gente, mas foi relativamente rápido entrarmos lá! Só é pena que não possamos levar nem os ombros nem acima do joelho a descoberto, porque ter passado o dia de calças foi um suplício para mim (as calças completamente encharcadas de suor, a colarem às pernas... bah). Mas de resto, foi uma visita bastante interessante. Não particularmente inspiradora a nível religioso e até a nível interior (julguei que ia ter alguma inspiração ou epifania), mas a nível de beleza arquitectural muito estimulante!
Por fim, despedimo-nos de Roma com uma apericena um pouco mais cara (15€/pessoa) mas muito saborosa! Pedimos um Rossini e um Bellini como aperitivos e, como acepipes, tanta pizza, como mozzarella fresca, pequenas tostas... Eu comi tanta mozzarella que quase enjoei! ahah e o ponto forte da refeição foi o sushi à italiana, que era com mozzarella por dentro, e o creme de tomate com pequenas chips de batata doce/abóbora/cenoura (não me julguem, mas honestamente não consegui descobrir o que era!)


Mas que despedida!
No dia seguinte, era hora de arrumar tudo e sair do hotel. Fomos fazer as compras das recordações para oferecer e dar mais um pequeno passeio.
Chegámos ao aeroporto, fazer as horas normais de espera e, à noite, chegávamos finalmente a casa.
Mas que viagem! Que viagem! Tão enriquecedora, a nível cultural, mas principalmente a nível gastronómico! Tudo o que eu queria experimentar, experimentei e não pude chegar a casa mais feliz! :)
Recomendo esta pequena aventura a todos! Não é barata, é cansativa, dá cabo de nós... Mas no fim, tudo compensou! :)
No dia seguinte, ainda fomos a Cantanhede, à Expofacic e pude trazer para casa mais umas coisinhas boas para experimentar: fruta desidratada e cristalizada. Neste caso, Hibisco, Melão, Mirtilo, Papaia, Toranja, Aloé Vera, Casca de Limão, Ananás com Beterraba, Casca de Lima e Kiwi! Para quando te apetece algo doce, vais ao saquito e roubas um bocadinho :)

O nosso objectivo era jantar por lá, mas era tanta gente à espera em praticamente todas as tasquinhas, que preferimos fugir de lá e procurar algo na zona. Acabámos por dar com o restaurante Dom Fininho e íamos comer algo simples, como uma carne grelhada mas, ao olharmos para a mesa ao lado, não pudemos deixar de mudar a nossa escolha e ir para o tão famoso prato de lá, o Festival de Marisco!
Não é barato, (22€/pessoa), mas é marisco completamente à discrição, quantas travessas quiserem! Além disso, senti-me uma diva de uma novela mexicana durante cerca de 20 minutos (com espectadores e tudo), pois estive com uma ostra na mão durante esse tempo todo, a ponderar se ia experimentar ou não! Diga-se a verdade, aquilo de bom aspecto não tem nada! Quem terá sido o primeiro a pensar que aquilo tão feio poderia ser bom para comer??

Mas lá me decidi e, após duas tentativas (porque pensava que a ostra estava despegada e afinal não), lá engoli aquilo, sem mastigar sem nada! E não é que afinal até é bom? Tinha muito medo do sabor a mar, mas azedo, sabem? Mas não, é um sabor a mar, mas suave, fresquinho! Afinal, o drama compensou e valeu a pena ter experimentado! :)
Peço desculpa pelo testamento que aqui coloquei, mas não podia deixar de partilhar com vocês esta aventura tão gratificante!
Espero que gostem deste relato e que vos deixe com vontade de viajar até Itália!
Beijinhos
Sabor de Bolso
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